A recuperação do solo é essencial para que o terreno seja preparado para receber uma nova cultura, permitindo que ele seja lucrativo mais uma vez e produtivo!
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Cuidar das suas pastagens faz parte da administração da sua fazenda, garantir a suade deles é poder contar com os seus benefícios no futuro. O manejo de recuperação de pastos adequadamente possui seus desafios, é necessário tempo.
O Prof. Adilson de Paula Almeida Aguiar do Curso CPT de Recuperação de Pastagens — Método Direto, nos mostra alguns problemas que podem inviabilizar a recuperação.
Problemas que podem inviabilizar a recuperação
Antes de iniciar o manejo de recuperação direta das pastagens, será preciso estabelecer uma estratégia adequada, de maneira que o pecuarista elimine, minimize ou, pelo menos, reduza prejuízos durante o processo.
Do contrário, além do custo com a recuperação, o pecuarista se verá na condição de parar o trabalho com animais na propriedade, ou seja, sua atividade econômica, sendo seu trabalho e também seu meio de vida será interrompido.
Isso ocorre, por exemplo, quando está previsto no processo de recuperação que será feito o controle das plantas invasoras, situação em que muito provavelmente os pastos serão vedados após a aplicação de herbicidas, por tempo variável, que pode chegar a até 90 dias.
Ocorre, também, quando será feita aplicação de calcário e adubo, quando a vedação da pastagem é inevitável, pelo tempo necessário, até que o pasto se restabeleça.
Mesmo em situações de degradação mais leve, ou quando apenas um curto período de vedação será necessário, até que as plantas cheguem à altura de pastejo, os animais que estavam na pastagem em recuperação terão de ser transferidos para outros locais.
Pensando apenas no curto prazo, parece ser mais sensato escolher que o rebanho tenha pouco para comer no pasto degradado, do que nada, enquanto ocorre a recuperação.
Situação que também será verdadeira para situações de degradação mais leve, nas quais apenas o ajuste da taxa de lotação se faz necessário. Por tudo isso, a recuperação tem de ser pensada estrategicamente, para que o pecuarista não tenha de fechar todos os pastos da fazenda de uma só vez.
Se, de um lado, fechar a propriedade significa parar com a atividade que produz o faturamento que custeia a pecuária, de outro, a necessidade de recursos financeiros para a recuperação pode também tornar o processo inviável.
Embora a recuperação direta seja de baixo custo, comparativamente ao replantio, ao ser aplicada em grandes áreas, acaba demandando significativa necessidade de recursos para seu custeio.
Então, recuperar todas as pastagens da propriedade de uma só vez significa gastar mais e faturar menos.
A recuperação em grande escala torna-se mais inviável ainda quando se pensa no tempo necessário para a realização dos vários tipos de operações de recuperação que devem ser feitos em diferentes épocas do ano, conforme as condições climáticas.
É possível afirmar que, se em pequenas propriedades a tarefa é difícil, em grandes propriedades é praticamente impossível.
Por mais que possam ser mobilizados recursos humanos e financeiros, os períodos climáticos são curtos, havendo necessidade de uma grande concentração de atividades em períodos muito curtos.
Por tudo isso, desde o ajuste da taxa de lotação na pastagem em estágio inicial de recuperação, técnica mais simples, até a recuperação com correção do solo e adubação, muito mais complexa, será necessário realizar a recuperação pouco a pouco, ano após ano.