Em casos de altas infestações de pragas, o controle químico, quando aplicado corretamente, constitui a melhor maneira de evitar danos nas culturas. Sua ampla utilização deve-se também a facilidade de aplicação e a disponibilidade de equipamentos e serviços.

“Porém, no mercado brasileiro, existem diversos produtos disponíveis para o controle de pragas, entretanto, poucos são recomendados para utilização na floricultura”, explica Ângela Stringheta, Professora do Curso CPT Como Produzir Crisântemos.

A falta de produtos químicos recomendados para o segmento é o primeiro problema enfrentado pelo produtor. A utilização de inseticidas e acaricidas não registrados para a cultura pode acarretar sérios problemas de fitotoxicidade.

O cultivo de flores ornamentais geralmente é feito em estufas, o que proporciona menor ventilação do ambiente, expondo os trabalhadores, especialmente mulheres e idosos, ao maior risco de intoxicações por vapores produzidos após as aplicações de produtos fitossanitários.

O uso intensivo do controle químico na floricultura favorece o desenvolvimento de resistência em populações de pragas, em especial tripes, ácaros, moscas-brancas e pulgões.

O elevado grau de resistência de uma população torna ineficazes as aplicações subsequentes do produto, exigindo, assim, o aumento das dosagens e, consequentemente, agravando os problemas de fitotoxicidade e intoxicações.

Apesar da reconhecida importância dos produtos químicos, a integração de diferentes estratégias de controle é a forma mais eficiente e econômica para os problemas fitossanitários das culturas.

Para isso, é imprescindível o correto reconhecimento das pragas, além dos danos causados e das formas de disseminação, entre outras. Essas informações possibilitam ao produtor adotar medidas de controle adequadas para cada espécie de planta e sistema de produção, da instalação da cultura à colheita.