Você sabia que as leitoas e seus filhotes possuem exigências térmicas muito distintas uma da outra, o que torna necessárias algumas adaptações no ambiente para atender a ambos? Pois, acredite, é verdade!
Os filhotes, como nascem sem a função de termorregulação corporal, precisam ser mantidos sob uma faixa de temperatura que varia de 32 a 34 °C. Já as fêmeas são severamente afetadas pelo calor, baixando o consumo de alimento, que provoca menos produção de leite e, consequentemente, leitões mais leves ao desmame.
Nesse sentido, as leitoas requerem um ambiente com temperatura amena, em uma faixa que, certamente, colocaria os filhotes em risco. “Mas apesar disso, as instalações devem ser construídas pensando nelas”, explica Rony Antonio Ferreira, professor do Curso CPT Manejo de Reprodutores Suínos.
O ideal seria os galpões apresentarem as seguintes características:
• Construídos na orientação leste-oeste para evitar a incidência de sol dentro da instalação.
• Pé-direito: no mínimo 2,80 m.
• Telhado com inclinação mínima de 30° com telhas de boa capacidade de absorção térmica.
• Beiral suficiente para impedir a incidência de raios solares no interior, mas não tão grandes a ponto de atrapalhar a penetração da ventilação natural.
• Muretas mais baixas para favorecer a ventilação natural, mas em altura o suficiente para impedir a fuga dos animais.
• Cortinas para evitar chuva e vento em excesso dentro do galpão.
• Uso de ventiladores, exaustores, placas evaporativas e outros equipamentos para a climatização do ambiente.
• Sombreamento natural das instalações.
• Construção em nível e tubulação em desnível.
• Distância adequada entre galpões para favorecer a ventilação natural entre eles.